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Oficina de encadernação: algumas notas

Quando criamos o projeto Costurando Contos Narrados, eu sinceramente não pensava em realizar oficinas. Achava que ainda precisava aprender e praticar muito mais antes de poder compartilhar o que sei, achava que era muita pretensão de minha parte compartilhar algo que não domino com habilidade exemplar e sim com uma dedicação inicial. Como ensinar algo que ainda estou aprendendo, eu pensava.

Foi então que a Carol sugeriu a ideia de fazermos ao menos duas oficinas. Fiquei um pouco relutante no começo, mas confesso que existia forte essa vontade em mim. E agora com mais vontades, foi bem fácil dizer sim.

Comecei a praticar a encadernação artesanal em 2014, em meio a mudanças em minha vida. Já havia feito antes alguns trabalhos sem uma intenção de trabalhar com isso – livros que imprimia e de algum modo tentava encadernar. E quando realmente comecei a encadernar, todo o meu aprendizado foi por vídeos no youtube – tem o maravilhoso canal da SeaLemon – e através de diversas tentativas e erros. Ainda quero fazer cursos com mestras da encadernação.

Sobre a oficina em si, nos reunimos e a pensamos de modo simples:

  1.  costuras que tivessem a ver com a nossa busca entre artesanato e a nossa estética;

  2. criar a oficina de encadernação artesanal voltada para a expressão criativa e a troca;

  3. desenvolver o contato com as bibliotecas públicas.

Não sei falar se alcançamos essas vontades, mas foram elas que nos orientaram para planejar e realizar no dia.

Agora uma coisa posso dizer, a ideia das oficinas foi talvez a melhor até o momento dentro do projeto. A oficina foi um espaço de troca e aprendizado muito gostoso. É bonito se ver o ritmo de cada pessoa, as descobertas e tentativas. A vontade de fazer algo novo de alguns, em contraste com o seguir a risca dos outros. Alguns com mais tato, outros com mais força; alguns com boa costura, outro com dobras. Cada um cria o seu. Cada um se percebe no objeto que cria. Afinal, somos o que colocamos no mundo?

A oficina me permitiu ver melhor o processo da troca. Troca em palavras, em tentativas e em livros trocados. Os livros como objetos ricos de significado. E não por terem palavras sagradas escritas, e sim por serem um conjunto de possibilidades criadas por um ser humano. E também perceber que realmente só vou saber o quanto sei e o quanto posso compartilhar no contato sincero com o outro. Saí contente.





Que venham outras trocas. #InventeUmMeio

~~~~ Carlos V.

 

O projeto Costurando Contos Narrados: uma caixa de fábulas conta com o patrocínio da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, através do Programa de Valorização de Iniciativas Culturais VAI – 2015.

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